"Teve a capacidade de me bater e ainda dormir ao meu lado", diz vítima agredida pelo marido no dia do aniversário

Viviane Gomes Pires, uma jovem de 25 anos, foi brutalmente agredida pelo companheiro Antônio Anderson de Oliveira, de 29 anos, no dia do aniversário dela, em Parada de Taipas, na zona norte de São Paulo. O agressor bateu a cabeça dela na parede por diversas vezes até a jovem perder a consciência. 

Antes de sair para comemorar o aniversário, Viviane foi ameaçada pelo companheiro. Ele chegou a dizer que se ela não chegasse cedo, ela seria assassinada. Ao retornar da comemoração, ele tentou cumprir sua promessa. Viviane encontrou o companheiro muito nervoso e iniciaram uma discussão.

Ele não teria gostado do horário que a jovem chegou e a agrediu covardemente “Ele me pegou pela blusa e me jogou no chão. Quando caí, bati a cabeça na parede. Levantei, ele me pegou pelas costas e batia a minha cabeça na parede. Por várias vezes, ele falava que ia me matar”, disse a vítima.

Durante as agressões, ele bateu a cabeça da esposa diversas vezes até Viviane perder a consciência e desmaiar. Quando acordou, percebeu que o companheiro havia dormido e decidiu pedir ajuda da mãe. "Ele teve a capacidade de me bater e ainda dormir, como se nada tivesse acontecido, ao meu lado", desabafou a vítima.

A mãe da vítima foi até a casa e viu o estado da filha pela janela. Pediu que a jovem descesse em silêncio, para o agressor não acordar e evitar a fuga. Elas acionaram a polícia antes que o rapaz acordasse.

Quando a polícia chegou ao local, Viviane estava no lado de fora, na calçada, com um grave ferimento na cabeça. Ela foi socorrida em um hospital da zona norte de São Paulo.

Os agentes entraram na residência do casal e encontraram Antônio dormindo tranquilamente. Havia sangue da vítima pelo local e no próprio agressor. O suspeito foi acordado e preso em flagrante.

Aos policiais, ele confessou o crime e foi indiciado por tentativa de homicídio. Antônio não tinha passagens pela polícia, passou pela audiência de custódia e teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva.

O casal ficou junto por dois anos. Durante todo esse tempo, Viviane foi agredida e constantemente ameaçada, inclusive no período que estava grávida. A vítima relatou que só não denunciou o então companheiro por medo o que poderia acontecer com ela e com o filho, de apenas um mês.

Fonte: R7