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25 profissões com falta de mão de obra qualificada que tiveram maior percentual de aumento salarial em 2024

Por Elisângela Costa em 22/12/2024 23:26:44

Quem tem formação técnica vive um bom momento para se recolocar no mercado, segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com os menores índices de desemprego da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há escassez de mão de obra qualificada superior a 35% nos postos abertos em relação às 203 profissões mais representativas do mercado formal. Isso tem levado os setores a elevar os salários iniciais como forma de atrair trabalhadores, revela o estudo.

O levantamento, que considerou dados dos 12 meses encerrados em outubro de 2024, aponta que o setor de serviços registrou as maiores altas nos salários de contratação. O aumento para técnico em secretariado, por exemplo, foi de 17,3%, e para professor de educação infantil (crianças de 4 a 6 anos), 14,6%.

O estudo também destaca outros cargos com aumentos nos salários iniciais, como técnico de enfermagem (10,6%), técnico de vendas (9,5%), professor de nível superior na educação infantil (0 a 3 anos) com 9,2% de aumento, fisioterapeuta geral (8,6%), zelador de edifício (8,3%) e auxiliar de pessoal (8,3%). Confira no quadro abaixo o ranking com as profissões com falta de mão de obra qualificada que tiveram maior percentual de reajuste salarial neste ano.

Profissões com escassez de mão de obra e maiores aumentos salariais

OcupaçãoVariação do salário de admissãoVariação do estoque
Técnico em secretariado17,3%0,6%
Professor de nível superior na educação infantil (4 a 6 anos)14,6%0,4%
Técnico em manutenção de máquinas13,6%3%
Operador de máquinas-ferramenta convencionais11,1%0,7%
Mecânico de manutenção de máquinas, em geral11%2,3%
Técnico em enfermagem10,6%5,7%
Caldeireiro (chapas de ferro e aço)10%0,9%
Técnico de vendas9,5%0,3%
Soldador9,4%0,3%
Trabalhador volante na agricultura9,4%5,2%
Professor de nível superior na educação infantil (0 a 3 anos)9,2%1,3%
Tecnólogo m logística de transporte9,2%1,4%
Porteiro de locais de diversão8,7%5,7%
Vendedor pracista8,7%1,2%
Trabalhador da pecuária (bovinos cortes)8,7%0,7%
Montador de veículos (linha de montagem)8,7%9,9%
Fisioterapeuta geral8,6%5,3%
Embalador, a máquina8,6%1,5%
Mecânico de veículos automotores a diesel (exceto tratores)8,5%2,5%
Trabalhador no cultivo de árvores frutíferas8,4%8,3%
Zelador de edifício8,3%2,5%
Auxiliar de Pessoal8,3%7,2%
Montador de andaimes (edificacoes)8,3%1%
Professor de Nivel Superior do ensino fundamental (primeira a quarta Serie)8,3%0,6%
Embalador, à mão8,2%20,5%

Crescimento econômico

Segundo dados do IBGE, o terceiro trimestre de 2024 registrou uma participação de 62,4% da força de trabalho em relação à população total do país, abaixo dos 63,6% registrados no período pré-pandemia. Essa diferença de 1,2% representa três milhões de pessoas a menos em busca de emprego.

— Com o mercado de trabalho registrando nível de desemprego histórico, de 6,4%, este impacto já era esperado. A taxa de crescimento da economia superou as expectativas na primeira metade do ano, e o crescimento do PIB contribui para este fenômeno, assim como outros fatores, como a redução da população na força de trabalho — diz o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

De acordo com o economista da CNC responsável pelo estudo, Fábio Bentes, a falta de profissionais tem sido mais observada em períodos de maior crescimento econômico, especialmente após 2020, quando o mercado de trabalho começou a se expandir. Da mesma forma, em períodos de retração econômica, o cenário se inverte.

— O aumento salarial inicial das categorias é uma consequência direta da disputa entre as empresas por mão de obra qualificada — explica Bentes.


*Com Extra Online

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