A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estima que 100 milhões de homens no mundo apresentem disfunção erétil, sendo que a mais comum é a disfunção sexual encontrada nessa população após os 40 anos. No Brasil, a prevalência se aproxima de 50% após os 40 anos, algo em torno de 16 milhões de homens.
Contudo, mais que um problema sexual, a disfunção erétil está ligada a um risco maior de ataque cardíaco, Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou de problemas circulatórios nas pernas, segundo a American Heart Association.
Um novo dispositivo, porém, criado por um brasileiro e atualmente em fase de testes, tem como objetivo acabar com o problema da disfunção erétil apenas com o acionamento de um controle remoto. Chamado de CaverSTIM, “o viagra eletrônico”, segundo informações do G1, funciona como se fosse um marca-passo em que os eletrodos são implantados por meio de cirurgia na região pélvica. Ao ser acionado, o estimulador entrega estímulos nos nervos que causam a ereção.
Atualmente, o tratamento mais comum para disfunção erétil é o uso do citrato de sildenafila ou a tadalafila — ambos na lista de remédios mais vendidos no país no ano passado.
O Brasileiro envolvido nas pesquisas é Rodrigo Araújo. Ele começou a pesquisar a disfunção erétil há mais de dez anos. Nesse tempo, mudou-se para a Suíça e uniu-se a um outro pesquisador, Nikos Stergiopulos, para desenvolver um dispositivo que pudesse ajudar quem sofre com a doença. Assim, criaram o CaverSTIM.
Ainda segundo informações do G1, o dispositivo está sendo testado em pacientes que tiveram câncer e precisaram retirar a próstata – o que pode causar a disfunção erétil. Entretanto, os pesquisadores esperam que o CaverSTIM seja usado por pessoas com disfunção erétil e pacientes com lesão medular.
O dispositivo ajuda a evitar que, após uma cirurgia da retirada da próstata, os nervos da região acabam sendo afetados de forma que não consigam mais captar os estímulos sexuais.
Entretanto, ele só é usado durante a fase de terapia dos nervos como uma reabilitação, por tempo determinado pelo médico. Os testes iniciais já mostram que os pacientes reabilitados com a terapia voltaram a ter ereção normalmente após a retirada da próstata e não precisam mais usar o controle.
Imã para a disfunção
Um estudo descobriu que as ondas eletromagnéticas, ou ímãs, podem ser uma nova opção de tratamento para a condição. Para a pesquisa, foram analisadas as reações dos corpos de 20 homens de meia-idade, que se sentaram numa cadeira magnética enquanto os pulsos eram direcionados para a virilha, estimulando e fortalecendo os músculos ligados ao pênis.
Eles precisaram preencher um questionário que utilizava o Índice Internacional de Função Erétil (IIEF), amplamente utilizado em estudos clínicos envolvendo a disfunção erétil, antes de fazer o tratamento, logo em seguida e também após um mês da última sessão. De acordo com as escalas apresentadas no índice as piores pontuações estão associadas a uma função erétil pior.
No início, o grupo apresentava a forma moderada ou grave da condição, com pontuação de 34, e fizeram a terapia por 30 minutos, dois dias por semana, durante um total de oito semanas. Ao fim do período de tratamento com a cadeira, essa pontuação foi para 45 e, no check-up final, chegou a 54. Os resultados da avaliação foram publicados no Archivio Italiano di Urologia e Andrologia.
Fonte: Extra OnLine
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