A Justiça de Mato Grosso do Sul determinou a penhora do prêmio de R$ 1 milhão que o cantor Thiago Servo ganhou no reality show "A Grande Conquista", da TV Record. Em valores atualizados, a dívida do cantor é de R$ 1.361.495,06.
A decisão foi assinada e divulgada nesta quarta-feira (26) pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial, Embargos e Demais Incidentes da Comarca de Campo Grande.
A defesa do cantor disse que vai entrar com recurso. O advogado Diego Dias Barbosa Gamon, que é um dos representantes de Thiago Servo, afirmou que o cliente está desempregado e que a penhora total do prêmio é inviável.
"Nós vamos entrar com recurso. Não podem penhorar 100% do prêmio, meu cliente está desempregado. O cantor está sem renda. Vamos pedir para que seja confiscado apenas 70% do prêmio", declarou o advogado do cantor.
O g1 teve acesso ao processo, em que consta que a dívida do Thiago Servo dizia respeito ao pagamento de uma nota promissória em branco, segundo a defesa do cantor. O advogado Diego Dias Barbosa Gamon comentou que a dívida era com Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, preso como chefe de milícia ligada ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul e pela execução de um estudante de 20 anos em Campo Grande.
Conforme a decisão do juiz, Servo emitiu uma nota promissória a Jamil Name Filho no valor de R$ 150 mil como entrada para compra de um carro de luxo e uma aeronave. Entretanto, Servo alega ter saído da dupla que tinha com a cantora Thaeme em 2013 e perdido renda, o que o levou a devolver os bens ao chefe da milícia.
Thiago, então, "teria devolvido os bens e combinado com o credor [Jamil Name Filho] que o dinheiro da entrada ficaria pelo tempo de uso e que a nota promissória seria rasgada", comenta a decisão do juiz. Porém, a nota foi executada.
Na Justiça, o pedido para penhora dos bens é feito por João Alex Monteiro Catan, que alega ser dono da promissória e lesado pela dívida do cantor Thiago Servo. A defesa do cantor contesta e diz que a dívida, na realidade, é com Jamil Name Filho.
À Justiça, a defesa de Thiago Servo disse que não reconhece como a nota promissória foi parar nas mãos de João Alex Monteiro Catan, que é quem assina o título. O cantor não nega a dívida.
Após a decisão, o juiz oficiou para que a TV Record deposite o prêmio do cantor Thiago Servo em conta do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) como parte do crédito executado como penhora.
Ao g1, a defesa de Servo comenta que vai entrar com uma ação declaratória sobre a origem da dívida, já que desconhecem o pedido feito por João Alex Monteiro Catan.
A defesa de João Alex Monteiro Catan informa que a versão do cantor surgiu em uma única peça processual. Para os advogados, o elemento é uma estratégia de defesa do cantor.
Leia a nota na íntegra abaixo:
“Os advogados de João Alex Monteiro Catan informam que a argumentação técnica e as impugnações aos infundados argumentos foram apresentadas nos autos e, para esclarecer a fantasia criada pelo devedor, reafirmam que não existe nota promissória assinada com nome de Jamil Name Filho. Em nenhum momento o credor cita que o crédito pertence a outra pessoa. Essa atitude surgiu em uma única peça processual e tudo não passa de uma estratégia adotada após 7 anos de ação, sem qualquer lastro probatório, na tentativa de confundir o juízo e que foi acertadamente afastada pelo magistrado, que determinou a penhora do crédito por não haver mais qualquer discussão. São alegações infundadas e sem nenhum meio de prova, o que pode ser até passível de reparação a imagem do credor por quem disperse maliciosamente essa informação inverídica".
Fonte: G1
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