Carlinhos Maia deixou os traumas de lado e abriu o coração. O influenciador revelou ter sido vítima de violência sexual na infância, acarretando vários problemas psicológicos, entre eles evitar se aproximar muito de crianças, até mesmo as de sua família.
“Eu fui abusado várias vezes quando criança. Por vizinhos, parentes. Várias vezes, eu fui uma criança muito abusada. Graças a Deus eu não me tornei um pedófilo”, pontuou.
Maia completou: “Até um tempo atrás, eu não gostava de colocar nem criança no meu colo porque eu me remetia as coisas que faziam comigo, eu dizia, ‘não, para não achar que eu vou fazer alguma coisa com essa criança”.
O marido de Lucas Guimarães explicou que aprendeu a lidar com abuso, embora ainda seja doloroso relembrar. “Eu fui começar a abraçar o meu sobrinho um dia desses, para você ter noção. Mas olha, não morri com isso. Foi muito duro, muito maluco”, disse.
Carlinhos completou: “O povo tem um negócio de, ‘vai lá, salva a sua criança interior’. Eu digo ‘não, a minha criança interior que me salvou’. Se ela resistiu a tudo isso e me trouxe até aqui é porque ela é muito f*da, ela é um super-herói, me salvou”.
Sobre a “crianca interior”, o humorista destacou que o passado serve apenas de lição. “As pessoas tem esse negócio de ‘buscar a criança interior’, para com essa burrice porque você não vai voltar lá. Não tem como, você não tem máquina do tempo”, reforçou.
Carlinhos Maia deixou um alerta: “Agradece a sua criança interior, liberta ela porque senão você nunca vai viver. Tudo que ela sofreu, tudo que ela fez para te salvar, para você se tornar um adulto incrível, forte, resiliente”.
No forte desabafo, feito no PodPah, o comediante expôs o que pode ter motivado tantos episódiosde assédio. “Eu acho que eu sofri os abusos justamente por eu ser o ‘gayzinho’, ter o jeito mais [afeminado] e aí se aproveitavam disso. Eu ficava sozinho em casa, minha mãe ia trabalhar junto com o meu pai e eu tinha que ficar em casa com sete, oito anos, sozinho”, declarou.
Carlinhos Maia concluiu afirmando que a até uma das educadoras da escola se aproveitava dele. “A minha professora que me ensinava a escrever me abusava. Eu só lembro dos peitos na cara, eu criança. Os vizinhos, um segurava na mão, outro na outra e iam lá e faziam o que vocês já imaginam. Isso não foi um, nem dois, nem três, foi por muitos anos. Hoje eu falo com muita dor, mas foi”, finalizou.
*Com Metrópoles
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