A cúpula da Segurança Pública de Alagoas concedeu uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, 22, para fornecer detalhes sobre as investigações do atentado que resultou na morte da menina Maria Alice Oliveira da Silva, de apenas 3 anos.
Durante a coletiva, o delegado Sidney Tenório reforçou que a investigação está sendo conduzida de forma científica, com o apoio de exames periciais realizados pela Polícia especializada.
Tenório explicou que as imagens capturadas logo após o atentado mostram claramente a criança sendo atingida. Após o crime, os criminosos abandonaram o veículo, um Mobi, de cor branca, na Vila Emater, o que serviu como ponto de partida para a investigação.
“Após o crime iniciamos as investigações. Quero frisar o trabalho da Polícia Científica que realizou a coleta de perfil genético dentro do veículo abandonado. Com isso, mostramos que nossa investigação é científica e não resta, dúvidas de que foram eles“, disse o delegado.
SUSPEITOS
Ainda de acordo com o delegado, há alguns dias, os dois envolvidos tinham sido abordados pela Polícia Militar em uma fiscalização de rotina, quando estavam no mesmo veículo, que era clonado e roubado de uma locadora.
As investigações apontam ainda que um dos criminosos, identificado apenas pela alcunha “Alê”, já havia efeito ameaças contra um parente da criança, que é adolescente e o verdadeiro alvo dos acusados. Alê também foi abordado pela PM dias antes do ocorrido.
“Os dois eram da Vila Emater, mas foram expulsos do local pelos integrantes do tráfico de drogas. Então, eles tentam se alojar na região do Ouro Preto. Lá, passam a incomodar e também acabaram expulsos. Diante da situação, eles retornaram ao bairro justamente para realizar este atentado. O alvo, parente da criança, não estava mais no local e já tinha dito quem seriam as pessoas que desejavam matá-lo”, explicou o delegado.
CONFRONTO ARMADO
Os parentes reconheceram Alê como um dos autores do crime. Nesta manhã, ele e seu comparsa, identificado apenas como Ítalo, trocaram tiros com a Rocam em Coruripe e acabaram morrendo.
Ainda durante a coletiva, o comandante-geral da Polícia Militar, Paulo Amorim, ressaltou o trabalho integrado entre as polícias Civil e Militar e fez referência histórica ao período do cangaço. “No campo da Segurança Pública de Alagoas, quem manda e protege o cidadão alagoano é a Secretaria de Segurança Pública. Aqui em Alagoas não tem este negócio de bandido fazer barricada. Desde a época de Lampião, quem acabou com o cangaço foi a Segurança Pública. Então, aviso aqueles que praticam crimes em Alagoas que procurem um emprego decente ou se mudem porque aqui iremos identificá-los e prendê-los”, disse.
A investigação segue em andamento e será conduzida pela delegada Sheila Carvalho, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoas (DHPP).
O CASO
Maria Alice estava na porta de casa na companhia de familiares, quando os criminosos chegaram ao local em um veículo Fiat Mobi de cor branca e abriram fogo contra as pessoas, que correram para se abrigar.
A menina foi a última a entrara no imóvel, localizado no bairro do Ouro Preto, e acabou sendo atingida nas costas.
A criança chegou a ser socorrida para a Unidade de Pronto Atendimento no Santa Lúcia, mas não resistiu.
Sua morte causou indignação e toda a ação foi registrada por câmeras de monitoramento.
*Com AL 24h
Gostaríamos de utilizar cookies para lhe assegurar uma melhor experiência. Você nos permite? Política de Privacidade