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Cremal inicia sindicância para apurar conduta de médico em UPA

Por Elisângela Costa em 15/02/2023 10:27:48

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Alagoas (Cremal) iniciou o processo de sindicância para investigar a denúncia contra um médico acusado de estuprar um paciente durante atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jaraguá, em Maceió.

O caso contra o jovem de 18 anos ocorreu no sábado (11). Esta não é a primeira acusação de estupro em nome do médico. Em 2020, ele foi denunciado por um paciente de 20 anos, que o acusou de violência sexual durante um atendimento na cidade de Campo Alegre.

O jovem que denunciou ter sido estuprado pelo profissional da saúde, nesse fim de semana, foi até a unidade de saúde em busca de um exame para investigar um problema e, na ocasião, teria sido sugerido um exame de toque retal.

Por meio de nota, o Cremal disse que recebeu a denúncia no final de semana e, de posse das informações, deve iniciar o procedimento de sindicância para investigar a denúncia. Ao final da investigação, que corre sob sigilo, o profissional pode receber uma advertência confidencial ou, até mesmo, a cassação do registro de médico, caso seja comprovado o delito.

O caso

De acordo com o paciente, ele teria ido à UPA, onde foi sugerido um exame de toque retal. Entretanto, ao longo do procedimento, ele conta que teria sido penetrado pelo médico.

"Ele sugeriu que eu fizesse o toque retal. Achei que estava dentro da normalidade e ele prosseguiu com o exame. Mas, durante o exame, eu senti que as duas mãos dele estavam no meu quadril. E, então, quando eu percebi, virei para trás, e vi que ele estava me penetrando. Eu fiquei sem reação mesmo. Só virei e não consegui fazer nada", conta o paciente em entrevista à imprensa.

Ainda de acordo com o jovem, o médico tentou se defender, ao perceber a reação do paciente. ”Ele começou a se desculpar e disse: 'Desculpa, eu me confundi. Achei que era isso o que você queria'. Ficou se desculpando e ficou cerca de uns 15 a 20 minutos tentando mudar o foco da conversa. Depois, pediu para que eu não falasse com ninguém. Eu tentei enrolar ele, porque eu só queria sair dali", relata.

Após o caso, a direção da UPA informou que não compactua com qualquer violência e que, ao tomar conhecimento da denúncia, demitiu o médico.

Esta não é a primeira acusação de estupro em nome do médico. Em 2020, ele foi denunciado por um paciente de 20 anos, que o acusou de violência sexual durante um atendimento na cidade de Campo Alegre.

No Boletim de Ocorrência, ele disse que o profissional da saúde tocou seu abdômen, baixou a bermuda e apertou o órgão genital com movimentos fortes até machucar.


*Com GazetaWeb

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