Após ser criticado por dizer que não viu “nada de grave” na eleição venezuelana, o presidente Lula deve demorar mais alguns dias para atender o pedido do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, por uma conversa entre eles.
Maduro pediu no início da semana para conversar com Lula por telefone. O pedido foi feito após o Brasil cobrar a apresentação das atas eleitorais antes de reconhecer oficialmente a vitória do ditador nas eleições venezuelanas.
Lula, entretanto, foi aconselhado por auxiliares a aguardar alguns dias para atender o pedido de Maduro. O conselho veio após a repercussão negativa da entrevista em que o petista minimizou a situação do país vizinho.
Oficialmente, o Palácio do Planalto confirma o pedido de Maduro para uma conversa com Lula por telefone. O governo, porém, diz não haver qualquer previsão oficial de a ligação acontecer nos próximos dias.
Na sexta-feira (2/8), Lula viajou para cumprir agendas em Fortaleza (CE), onde ficará até o sábado (3/8). Da capital cearense, o petista vai para São Paulo e, de lá, embarca no domingo (4/8) para uma visita oficial ao Chile.
Lula cumprirá dois dias de agenda em Santiago. Na segunda-feira (5/8), ele deve encontrar o presidente chileno, Gabriel Boric, que tem adotado um discurso mais duro que o petista em relação à Venezuela.
Embora seja de esquerda, Boric afirmou que o Chile seu país não reconhecerá “nenhum resultado que não seja verificável”. O líder chileno também cobrou transparência sobre os resultados eleitorais na Venezuela.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, a tendência é que a conversa telefônica entre Lula e Maduro só ocorra após a viagem do mandatário brasileiro ao Chile. O petista deve voltar para Brasília na tarde da terça-feira (6/8).
Fonte: Metrópoles
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