Por Elisângela Costa em 11/04/2024 06:28:55
A saga legal de Daniel Alves, envolvido em um caso de estupro na Espanha, ganhou novo capítulo com a revelação feita pela advogada do ex-jogador, Inés Guardiola, nesta quarta-feira (10). Segundo ela, Alves reembolsou a família de Neymar com os EUR 150 mil (equivalente a R$ 817 mil) que haviam sido emprestados há alguns meses.
Esse montante foi utilizado como parte do processo de atenuação da pena de Alves, que foi condenado a quatro anos e meio de prisão em fevereiro, por um incidente ocorrido em dezembro de 2022, envolvendo o estupro de uma jovem em uma boate em Barcelona.
A defesa de Alves, como estratégia de “atenuante de reparação de dano causado”, fez o depósito desse valor, destinado à vítima após a condenação. Essa medida contribuiu para reduzir sua pena, embora não esteja claro exatamente quanto tempo de prisão foi reduzido devido a esse atenuante.
A equipe de Alves informou à Folha de S.Paulo sobre a devolução do dinheiro a Neymar, confirmando que “Dani Alves devolveu os EUR 150 mil a Neymar há uma semana”. A solicitação de ajuda a Neymar veio depois que Alves teve seus bens bloqueados no Brasil devido a um processo aberto por sua ex-mulher.
Após ser libertado sob fiança em 25 de março, Alves permanecerá em liberdade provisória até que a sentença final seja emitida. Nesta quarta-feira (10), a Justiça de Barcelona negou um recurso da promotoria e da advogada da vítima para que Alves retornasse à prisão antes da sentença final, considerando que as medidas já aplicadas são suficientes para evitar fuga.
Os juízes também rebateram críticas da advogada da vítima sobre a condição de liberdade provisória de Alves, afirmando que a aplicação da fiança respeita a legislação vigente e não deve ser questionada. Embora não se saiba como Alves conseguiu os EUR 1 milhão necessários para a fiança, a advogada Inés Guardiola negou anteriormente qualquer envolvimento da família de Neymar nesse assunto, reafirmando a posição do pai de Neymar, que se pronunciou publicamente em março negando qualquer associação ao caso.
Fonte: UOL
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