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Escolhido por Lula, Flávio Dino propõe desarmamento da população

Por Elisângela Costa em 10/12/2022 21:52:26

“Faremos recenseamento", diz Flavio Dino sobre armas

“Faremos recenseamento", diz Flavio Dino sobre armas

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que vai buscar promover um desarmamento da sociedade e evitar politização das polícias. As declarações foram dadas em entrevista à Globonews. Dino também quer que a Justiça seja antirracista.

"Dialogar sempre, e deixar claro que uma corporação armada do Estado, qualquer que seja ela, não pode estar a serviço de facção. Seja uma facção política ou de outro tipo", afirmou Dino.

"Uma coisa é o direito ao voto. Pouco importa ao nosso governo em quem cada policial votou ou vai votar. Mas a sua atuação profissional não pode estar pautada pelo seu apetite individual", completou.

Desarmamento

Ao explicar a busca pelo desarmamento, Dino disse que armas não podem continuar sendo usadas para crimes dentro das casa e de locais públicos.

"Nas zonas urbanas, também teremos a volta à lei no que se refere ao armamentismo. Precisamos fazer que as armas não sejam transformadas em instrumentos de perpetração de crimes nos lares, nos locais de trabalho e nas escolas", afirmou.

Ele disse ainda que o futuro governo deverá adotar estímulos, até mesmo econômicos, para a entrega de armas por parte da população.

"Haverá estímulos à entrega voluntária [de armas], inclusive vamos procurar estruturas estímulos econômicos. E vamos encurtar o registro. Se a pessoa diz que tem uma arma, é preciso que apresente se a arma existe mesmo e onde ela está. E haverá, com efeitos futuros, vedação a certas aquisições como essas de fuzis, metralhadoras e assim sucessivamente. É absolutamente descabido", completou.

Justiça antirracista

Para o futuro ministro, não basta a Justiça não ser racista. É preciso que seja antirracista, no sentido de combater esse tipo de crime.

"Não basta à Justiça não ser racista, é preciso que ela seja antirracista, ou seja, que ela difunda uma cultura da paz, dos direitos humanos, da igualdade e da lei. A mesma coisa em relação ao feminicídio", argumentou.

Hoje o controle de armas está divido entre a Defesa e a Justiça.

Dino disse que "não vai disputar" o tema com a Defesa, mas acha importante que os sistemas sejam unificados para evitar lacunas e problemas de funcionamento. "E com isso, a gente ter a garantia de que não haja circulação de armas em lugares indevidos", disse.

Coaf

Dino também afirmou que quer o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de volta ao MInistério da Justiça ou ao da Defesa. No governo Jair Bolsonaro, o Coaf foi para o Banco Central.


Fonte: g1

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