Ao confirmar o fim do contrato de anos entre a Rede Globo e a TV Gazeta de Alagoas, o grupo Globo citou a condenação de Collor no Supremo Tribunal Federal. A parceria de 48 anos teria acabado devido ao uso da emissora, por parte de Collor, em um esquema de corrupção.
A TV Gazeta de Alagoas está, desde 2019, em recuperação judicial, mergulhado em dívidas e investigado por fruades.
Ainda há esperança para a TV Gazeta permanecer no grupo Globo, justamente devido ao pedido de recuperação judicial. No documento há uma exigência que a Globo renove o contrato de retransmissão da emissora em Alagoas e assim “evite a falência” do conglomerado de comunicação de Collor.
Em resposta na última sexta-feira, 18, ao pedido da TV Gazeta na Justiça, a Globo chama a empresa de Collor de “covarde” por fazer um pedido dentro do processo de recuperação judicial, já que o grupo carioca não é credor e não tem relação com a ação.
A solicitação de renovação compulsória será analisada pelo juiz Léo Dennisson Bezerra de Almeida, da 10ª Vara Cível da Capital de Alagoas. As duas empresas não se manifestaram sobre o caso, que tramita em sigilo.
O contrato entre a Gazeta e o Grupo Globo encerra em dezembro deste ano. Se a decisão de fim de contrato não for revertida, a partir de janeiro de 2024, o direito de transmissão da Globo em Alagoas ficará sob a responsabilidade do grupo Asa Branca, parceiro da Globo em Caruaru (PE).
No último sábado, 19, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas (Sindjornal) emitiu comunicado sobre o caso e afirmou estar acompanhando todas as notícias e desdobramentos sobre o fim do contrato entre Globo e Gazeta.
"Neste primeiro momento é importante levantarmos o máximo de informações a respeito do tema, inclusive, com a nova empresa de comunicação que chega ao mercado alagoano. Portanto, reiteramos o nosso compromisso de garantir a defesa dos direitos trabalhistas e do piso salarial da categoria", informou a nota do Sindjornal.
Fonte: UOL
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