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Gasolina ultrapassa R$ 6 em Alagoas

Por Elisângela Costa em 09/03/2023 11:42:10

Com a volta parcial de impostos federais para a gasolina e etanol no mês de março, os postos alagoanos passaram logo o reajuste para o consumidor. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em Alagoas, o preço médio registrado da gasolina comum, na última semana, foi de R$ 5,14 e o máximo chegou a R$ 6,26.

Em um posto de combustível na parte alta de Maceió, a gasolina comum estava sendo comercializada na última semana por R$ 5,79. Segundo a frentista Caroliny Farias, eles ajustaram o preço no dia 1º de março. “Teve um aumento de R$ 0,60. Estava custando R$ 5,19 e agora aumentou para R$ 5,79. Como já estavam falando sobre aumento, já estávamos avisando aos nossos clientes que sofreria acréscimo”, afirmou.

A gerente de loja Ana Paula Canabarro contou que, na última vez que abasteceu, pagou R$ 4,49 no litro da gasolina e se surpreendeu com o preço atual. “Aumentou muito. Estou pagando agora R$ 1,30 a mais por litro. Acabou sendo bem mais do que os R$ 0,34 que estavam falando”, disse.

Em outro posto na parte alta da capital, a gasolina é encontrada por um valor mais em conta, R$ 5,34. “Estávamos vendendo por R$ 4,99 e agora aumentamos para R$ 5,34. Os consumidores ainda dizem que aqui está barato porque tem posto vendendo por R$ 5,99”, afirmou o gerente Matheus Silva.

Para tentar economizar, o motorista de aplicativo Bruno Marcelo costuma abastecer no posto em que encontra o combustível pelo menor valor. “Está complicado, principalmente para quem trabalha usando gasolina. Mas ainda está barato. Eu fui em São Miguel dos Milagres e vi a gasolina por R$ 6,10”, contou.

O motorista de aplicativo Hebert Augusto também costuma abastecer onde encontra a gasolina mais barata. “A gente vai pelo preço porque não tem como não abastecer o carro. Infelizmente, nós que trabalhamos como motorista de aplicativo, temos que abastecer. É igual comida e remédio, não tem como não comprar”, disse.

Procon Maceió fiscaliza postos para apurar cobranças abusivas

Segundo o economista Diego Farias, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo federal que também estava em discussão, continuou zerada e, se a Petrobras não tivesse anunciado uma redução no valor do combustível vendido às distribuidoras, o impacto seria ainda maior.

“Os impostos federais que voltaram a ser cobrados são o PIS e a Cofins. O impacto por litro seria de R$ 0,47 no caso da gasolina, porém como a Petrobras reduziu a gasolina em R$ 0,13 por litro, o impacto final sentido pelo consumidor deve ser de R$ 0,34”, afirmou.

O Procon Maceió iniciou a fiscalização em alguns postos de combustíveis da capital para apurar se houve algum caso de cobrança abusiva. Segundo o assessor jurídico do órgão, Pedro Vinícius, foram solicitadas as notas fiscais de entrada e saída dos combustíveis.

“Inicialmente, solicitamos as notas fiscais de entrada e saída dos combustíveis para, posteriormente, apurar se houve abusividade. Os postos fiscalizados possuem o prazo de 72 horas para apresentar as notas”, explicou.

O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis/AL) informou que não acompanha os reajustes dos combustíveis e não tem acesso à relação dos postos com as distribuidoras, portanto, não tem como precisar os motivos dos reajustes ou fazer previsões. 


*Com Tribuna Independente

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