Notícias

Governo Lula manobra para impedir CPMI do 8 de Janeiro, diz Fabio Costa

Por Elisângela Costa em 19/04/2023 11:21:37

Na avaliação do deputado federal Delegado Fabio Costa (PP), o governo Lula (PT) tem concentrado esforços para evitar a instalação da CPMI [Comissão Parlamentar Mista de Inquérito] do dia 8 de Janeiro no Congresso Nacional. Segundo ele, o adiamento da sessão dessa terça-feira (18), no Senado, que marcaria oficialmente o início dos trabalhos do grupo, seria mais uma ‘manobra’ do Planalto para impedir a investigação.

Em entrevista à MIX FM, na manhã desta quarta-feira (19), o parlamentar disse que todas as movimentações do governo federal têm sido no sentido de afastar a instalação da CPMI, sendo endossadas pelo presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“O próprio governo Lula considera os atos de 8 de Janeiro terríveis, terroristas e os piores de toda a história da democracia brasileira, mas demonstra que não quer que se apure todas as responsabilidades. Sabemos que, na apuração, podemos demonstrar que havia pessoas próximas ao governo que poderiam ter evitado e acabaram ajudando. Eram pessoas interessadas no caos”, destacou.

Fabio Costa diz acreditar que a preocupação governista seria evitar que a CPMI, se instalada, avance na identificação das responsabilidades.

“As assinaturas já foram colhidas e são suficientes para que a comissão mista seja instalada automaticamente, restando, apenas, o Congresso Nacional anunciá-la em uma sessão. Mas, o que estamos vendo é o presidente do Senado adiando os trabalhos várias vezes numa manobra desesperada do governo”, completa.

Segundo ele, o Brasil inteiro quer saber quem são os responsáveis pelos atos violentos contra a sede dos três poderes, seja por ação, seja por omissão. E revelou que o governo tem articulado nos bastidores para que a CPMI do 8 de Janeiro não seja instalada, inclusive pedindo para que os deputados retirem as assinaturas. A nova sessão no Congresso foi anunciada para o dia 26 de abril, quarta-feira da semana que vem.

O deputado ainda colocou em xeque a real intenção do governo em demonstrar interesse por regular as redes sociais. O projeto neste sentido passou pelo Senado e será analisado na Câmara, que pode fazer alterações ao texto. Se isto acontecer, a matéria retorna para apreciação dos senadores antes de ficar pronto à sanção presidencial.

“Precisamos saber o que realmente o governo quer fazer na regulação das mídias sociais. Ele tem utilizado os atos de 8 de janeiro para avançar com esta pauta, mas, nos argumentos, pode estar incutida a intenção de cercear o direito de liberdade de expressão, que foi duramente conquistado ao longo do tempo. Estarei atento a esta pauta”, avisou.

Na avaliação dele, o governo federal parece estar perdido neste início de mandato. A prova disso seria o recuo a algumas medidas tomadas sem planejamento e crises provocadas por declarações dadas pelo próprio presidente. E citou, como exemplo, a taxação de compras a plataformas chinesas, a taxa de juros para empréstimos consignados e a fala contra a Ucrânia sobre a guerra.

“Esse desgoverno está completamente perdido, sem rumo, não apresentou plano de gestão durante a campanha e, até agora, não conseguiu aprovar nenhum projeto relevante no Congresso Nacional nesses 100 dias”, analisou.

Sobre os ataques às escolas, Fabio Costa afirma que tem se posicionado de maneira contundente na Câmara dos Deputados, defendendo medidas urgentes que endureçam as penas contra os criminosos. Uma delas torna obrigatória a vigilância armada no ambiente escolar para evitar episódios como os que aconteceram recentemente em escolas de Santa Catarina e São Paulo.


Fonte: GazetaWeb



Gostaríamos de utilizar cookies para lhe assegurar uma melhor experiência. Você nos permite? Política de Privacidade

Perguntar Depois