Lula- Foto: Reuters/Adriano Machado
Diante da pressão da oposição e da adesão de parte da base ao requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará fraudes no INSS, o governo Lula decidiu abandonar a tentativa de adiar a instalação do colegiado.
A nova estratégia será disputar os cargos de comando da comissão, sobretudo a relatoria. A informação foi confirmada por lideranças do Planalto. “Não precisamos adiar a instalação da CPMI. Agora é pleitear o comando e a relatoria”, afirmou à o senador Randolfe Rodrigues à GloboNews.
“Temos deputados e senadores suficientes para ficar com as duas [presidência e relatoria]”, completou.
O requerimento para a criação da CPMI foi protocolado na segunda-feira (12) pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF). Embora tenha sido articulado pela oposição, o pedido teve assinaturas também de parlamentares governistas.
Entre os nomes cotados para a relatoria está o da deputada Tabata Amaral (PSB-SP), do mesmo partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Tabata é considerada aliada-chave do Planalto.
A movimentação da base ocorre após o avanço das investigações sobre descontos irregulares em aposentadorias e pensões do INSS, que já somam ao menos R$ 6 bilhões e envolvem dezenas de entidades. A crise ganhou tração após a operação “Sem Desconto”, da Polícia Federal, e provocou a saída do ministro da Previdência, Carlos Lupi, do cargo.
Agora, o governo pretende concentrar a atuação da comissão em fraudes que, segundo integrantes lulopetistas, teriam ocorrido de modo pontual no governo de Jair Bolsonaro (PL). A aposta é usar a CPMI também como ferramenta para isolar o impacto político do escândalo atual.
Fonte: Conexão Política
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