Balanço parcial do censo demográfico até o dia 31 de outubro – referente aos três meses de trabalho - aponta que aumentou o número de pessoas que se autodeclaram indígenas em Alagoas. Subiu de 16,2 mil em 2010 para 23,4 mil em 2022, um aumento de 44,1%. Até agora, mais de 2,6 milhões de pessoas foram recenseadas, que representa 80% da população estimada para este ano. A meta é finalizar essa fase ainda durante este mês, com prazo de conclusão de até 2 de dezembro.
“Quando a gente vê a quantidade de indígenas dentro do total do Brasil não chama muito a atenção, mas achamos algo interessante. Agora, já encontramos mais de 23 mil que se autodeclararam, um aumento grande em relação a 2010. Esse número ainda deve aumentar. Isso merece uma análise mais profunda”, destaca Alcides Tenório Júnior, superintendente do IBGE em Alagoas.
Os dados apontam também que 3,58% da população quilombola do país está em Alagoas. O percentual parece pequeno, mas em relação aos outros estados, a proporção é considerada expressiva. Mais de 36 mil pessoas que se autodeclaram quilombolas respondem pela primeira vez ao Censo.
O balanço foi divulgado nessa terça-feira (1) e mostram que desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 31 de outubro, foram recenseadas 2.696.091 pessoas em Alagoas, pouco mais de 80% da população estimada para 2022. As mulheres representam 52,18% desse total; os homens, 47,81%. Em três meses de coleta, o IBGE já aplicou o questionário do Censo em 890.921 domicílios. Estima-se visitar mais de 1,1 milhão de moradias até o começo de dezembro.
O percentual de recusas, até o momento, é de 1,64% dos domicílios totais. O balanço revelou também que 23.482 indígenas (1,91% do total para o Brasil) foram recenseados em Alagoas até o fim de outubro. Já os quilombolas, contados pela primeira vez com uma pergunta específica no questionário, são 36.189 no estado alagoano, representando 3,58% do total de quilombolas recenseados no país.
Segundo o IBGE, cerca de 1,6 mil recenseadores estão atuando neste momento na coleta de dados em Alagoas. É o terceiro estado do país com mais pessoas atuando nessa atividade, segundo informou o IBGE.
RANKING
Atualmente, Alagoas está em quarto lugar entre os estados brasileiros em termos de produtividade da coleta. “Nós já conseguimos coletar quase 2,7 milhões, o que significa mais de 890 domicílios ocupados, aqueles onde residem famílias, que é realmente objeto de investigação do IBGE. Primeiro dado básico que apareceu e isso vem se mantendo desde o início da coleta, é que mais de 50% da população alagoana até agora recenseada é de mulheres”, destaca Alcides Tenório.
De acordo com o superintendente do IBGE, um dos impasses é a coleta de dados em condomínios fechados. “Esse sempre foi um dos principais desafios. Antes da pandemia, a gente começou a fazer um trabalho de cadastro de síndicos. Na época cadastramos mais de mil síndicos. A gente já sabe que é o último local a terminar a coleta. Nos municípios menores, no interior, já estão sendo concluídos. Em seguida, a gente vai finalizando Maceió e faz aquele apanhado final dos levantamentos”, finaliza.
Fonte: GazetaWeb
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