A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) vai realizar uma escuta especializada com o irmão da menina Maria Katharina, que foi encontrada enforcada no estábulo da família, na cidade de Palmeira dos Índios, em julho deste ano. O menino, de 5 anos, estava com a vítima momentos antes do crime.
A criança será ouvida por uma equipe composta de psicólogos e conselheiros tutelares. Ao final, um relatório deve ser remetido à polícia. Com isso, a PC pretende saber o que ocorreu nos momentos que antecederam à morte de Katharina.
As duas crianças brincavam no estábulo quando o menino sofreu um corte e foi socorrido pelos pais até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), deixando Katharina no imóvel. Ao retornarem, encontraram a filha morta, enforcada.
Até o momento, os pais, colegas e professores da escola onde a menina cursava o 5º ano foram ouvidos pela polícia.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca não identificou, no entanto, sinais de violência no corpo da criança.
Segundo o perito médico legista do IML Francisco Milton, não foram identificados lesões de defesa ou sinais de tortura no exame pericial realizado.
Ainda de acordo com o profissional, não foram encontradas fraturas no osso hioide, comum em casos de asfixias por constrição do pescoço, lesão provocada por estrangulamento.
Ao final, o laudo indicou que a causa da morte foi asfixia por enforcamento, evidenciada pelos sinais característicos encontrados durante o procedimento médico-legal.
Relembre o caso
A menina Maria Katharina foi encontrada morta dentro do estábulo de cavalos na propriedade rural da família dela, no povoado Moreira, zona rural de Palmeira dos Índios, na tarde de 08 de julho de 2024.
Ela havia sido deixada sozinha no local pelos pais, que levaram o irmão mais novo dela para a UPA, após ele se machucar durante uma brincadeira.
Segundo as investigações da Polícia Civil, as duas crianças estavam brincando no estábulo, quando o menino teria sofrido uma queda em cima de uma tábua e se ferido com um prego.
Conforme o relato dos pais, após eles retornarem com o filho menor para casa, eles encontraram a menina enforcada. A menina foi retirada do local e levada para a UPA, que atestou o óbito.
O caso chegou a ser noticiado como um provável suicídio, mas tanto pela pouca idade da menina, como por alguns detalhes do caso, levaram a polícia a investigar a hipótese de assassinato, apesar de o laudo do IML confirmar que a causa da morte foi asfixia por enforcamento e não encontrar outras lesões na criança.
Dias após a morte da menina, a mãe dela ingressou na Justiça com um pedido de medida protetiva de urgência contra o esposo, pai de Maria Katharina.
Os pais, parentes e professoras da escola onde a menina estudava já foram ouvidos durante as investigações e a polícia planeja também fazer uma reprodução simulada para reconstituir a morte da criança. A possibilidade de exumação do corpo, para a realização de exames complementares, não está descartada.
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