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Justiça decide se mantém preso sequestrador de ônibus em audiência de custódia no Rio

Por Elisângela Costa em 14/03/2024 09:48:48

A Justiça do Rio de Janeiro decide se mantém preso o homem que sequestrou um ônibus com 16 reféns e baleou dois passageiros durante audiência de custódia, nesta quinta-feira (14).

Paulo Sérgio de Lima, de 30 anos, já foi transferido para o presídio de Benfica, na zona norte, onde aguarda a realização do procedimento, a partir das 13h.

O criminoso é investigado pelos crimes de tentativa de homicídio, porte ilegal de arma e cárcere privado.


O sequestro

Na tarde de quarta-feira (12), Paulo decidiu fugir para Minas Gerais após roubar uma van, tentar fugir para a comunidade da Rocinha e acabar atirando contra um traficante.

De acordo com as investigações, o criminoso, preocupado com uma possível prisão ou suposta perseguição de bandidos, comprou uma passagem com destino a Juiz de Fora.

Durante o embarque, o coletivo sofreu uma pane e não saiu da rodoviária. Isso levou o suspeito a pensar que estava sendo interceptado pela polícia. 

Com receio de ser preso, ele se posicionou na entrada do veículo e, ao ver um passageiro que imaginou ser um policial devido às características físicas, atirou contra ele.

A partir deste momento, Paulo impediu a saída de outras pessoas do coletivo. O sequestrador se entregou após três horas de negociação com o Bope (Batalhão de Operações Especiais).


Passageiro gravemente ferido

Baleado no coração e no pulmão, Bruno Lima, de 34 anos, foi levado em estado grave ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde passou por cirurgia e recebeu seis bolsas de sangue. 

No dia seguinte, Bruno foi transferido a um hospital particular. Ele é funcionário da Petrobras, e o sindicado da categoria dele fez uma campanha de doação de sangue. 

Já o segundo ferido pelo sequestrador foi atingido por estilhaços. A vítima recebeu atendimento no posto médico da rodoviária.


Histórico criminal do sequestrador

Condenado por roubo a um ônibus, Paulo Sérgio deu entrada no sistema prisional em 2019. Em 2022, recebeu o benefício de sair da cadeia, mas desrespeitou as regras do monitoramento eletrônico.

Apesar de a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) ter comunicado as irregularidades à Justiça e o Ministério Público Estadual ter solicitado a regressão do regime, medidas não foram tomadas até o dia do sequestro. 

A Corregedoria Geral da Justiça determinou a abertura de uma sindicância para apurar o caso. 


Fonte: R7

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