Vítima de complicações por contrair dengue hemorrágica, a pequena Pietra Isaac morreu na última quinta-feira (16/11), dois dias depois de fazer 7 anos. A criança foi levada, inicialmente, ao hospital particular Daher, no Lago Sul, onde os médicos indicaram que a menina precisava de repouso e ingerir líquidos. Com a piora no estado, chegando a vomitar sangue, deu entrada no Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). Ela não resistiu e veio a óbito horas depois.
De acordo com a mãe da garota, Camila Isaac, o trauma pela morte da menina é uma “dor enorme” porque era uma companheira para tudo. “Eu fico aqui com o meu sofrimento, sem minha filha, com dor no coração. Não consigo viver, não consigo me juntar. Noite e manhã, nos piores horários eu acabo aqui. A lembrança é muito grande”, conta.
A criança começou a passar mal e foi levada ao Hospital Daher no dia 15 de novembro. O primeiro diagnóstico apontava para bronquite e virose, sendo receitado medicamentos para tais doenças. Porém, no dia seguinte, apresentando uma grande piora no quadro, Pietra retornou ao hospital.
Dessa vez, uma outra médica afirmou que a menina, na verdade, estava com dengue e orientou que a família buscasse Hmib, referência para o tipo de atendimento. No entanto, na troca de plantão, outro médico discordou e disse que o tratamento poderia ser feito em casa apenas com hidratação e descanso.
Para a mãe, houve certa negligência por parte dos profissionais envolvidos: “Um descaso, desumano, você largado de qualquer jeito, implorando para tomar um remédio, implorando para ser internado. Um hospital que aceita pediatria, mas não tem uma internação pediátrica? Que isso? Despreparados.
Como vomitava sangue, tinha febre alta e não conseguia se alimentar, a mãe optou por levar Pietra no Hmib. Ela foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e, posteriormente, intubada. Posteriormente, no dia 17 de novembro, a menina morreu.
“Parece que ela teve uma outra parada cardíaca. Eu vi, inclusive, médicos sobre dela. Saí e comecei a orar, me joguei no chão. Orando, pedindo a Deus para que deixasse minha filha”.
O Metrópoles entrou em contato com o Hospital Daher. Não houve resposta até a última atualização desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
Nota da secretaria
Em nota, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou que a paciente chegou em estado grave ao Hmib, sendo prontamente atendida: “Ela foi direto para a sala amarela, fez todos os procedimentos e exames e foi regulada na UTI. Todo o atendimento foi realizado pela equipe, mas diante da gravidade do quadro, ela veio a óbito no final da tarde do mesmo dia”.
“A Secretaria de Saúde informa, ainda, que o comitê de óbito ainda está investigando a causa da morte e possui um prazo para divulgá-la. A pasta esclarece que está dentro deste prazo e deve informar o resultado nos próximos dias”, acrescentou a pasta.
Fonte: Metrópoles
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