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Olho irritado: nova variante da Covid, Arcturus tem sintoma particular

Por Elisângela Costa em 04/05/2023 10:43:06

O primeiro caso brasileiro da variante Arcturus (XBB.1.16) do coronavírus foi confirmado nessa segunda-feira (1º/5) em São Paulo. A cepa, descoberta em janeiro na Índia, tem aumentado os casos de Covid-19 em diversos países do mundo e, apesar de ser muito semelhante à Ômicron, a variante apresenta uma particularidade: um de seus principais sintomas está nos olhos.

“A Arcturus manifesta, já no início da infecção, uma irritação constante nos olhos. Os pacientes têm relatado uma coceira intensa, que deixa a região avermelhada, e a sensação de ter areia nos olhos”, afirma o infectologista Werciley Saraiva Vieira Junior, de Brasília.

Segundo o especialista, em alguns casos, especialmente em crianças infectadas, a irritação pode evoluir para um quadro de conjuntivite. Além disso, a Arcturus manifesta sintomas comuns em outras variantes, como a tosse constante, além de febre que chega a superar os 39 °C.

Quando procurar o médico?

“O ideal é observar os sintomas e como eles se associam, mas não esperar a complicação para procurar um especialista. Não é só a coceira no olho que deve nos preocupar, mas se os sintomas persistirem por alguns dias, especialmente febre e tosse que não respondem a remédios, devemos buscar o médico”, pontua o infectologista.

Sobre a irritação ocular, o especialista ainda destaca que a Arcturus nem sempre se manifesta como uma conjuntivite intensa. Muitas vezes, segundo Junior, o que acontece é apenas rosácea e uma coceira pronunciada, que costuma evoluir para a conjuntivite apenas em crianças.

Além disso, embora muito mais conectada à Arcturus, a irritação nos olhos não é uma exclusividade desta variante. Em casos raros desde o vírus original, se observou a irritação ocular.

Preocupação com as crianças

Mais de 30 países do mundo já documentaram casos de Arcturus. O que se sabe até agora é que a variante é uma derivação da Ômicron que surgiu a partir de modificações na proteína spike do vírus, responsável por conectá-lo às células humanas.


Fonte: Metrópoles


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