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Pacto Brutal: Versão de Guilherme de Pádua sobre assassinato de Daniella Perez choca!

Por Elisângela Costa em 27/07/2022 22:45:28

Reprodução/Internet

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O jornalista Guilherme Genestri, da Folha de S. Paulo, publicou matéria revelando o que Guilherme de Pádua conta em seu livro sobre Daniella Perez, chamado “A História que o Brasil Desconhece”. No passado, a obra foi publicada pela editora mineira O Escriba, mas a Justiça proibiu sua circulação.

Em meados dos anos 1990, enquanto ainda aguardava o julgamento pelo assassinato da atriz Daniella Perez, Guilherme de Pádua se pôs a escrever a sua versão sobre os fatos. Alguns dos detalhes do que ele escreveu são brevemente mencionados em “Pacto Brutal”, série sobre o crime que estreou na semana passada na HBO Max. Embora a obra esteja censurada, a Folha de S.Paulo encontrou ao menos um exemplar do livro à venda por R$ 90 num sebo virtual.

De acordo com a Folha, esse “romance autobiográfico”, como Guilherme de Pádua o descreve, defende a tese que ele e Daniella Perez chegaram a ter um breve relacionamento extraconjugal enquanto eram parceiros de cena na novela “De Corpo e Alma”, de autoria da mãe da atriz, Gloria Perez. O autor também afirma que foi Paula Thomaz, sua mulher à época, quem cometeu o assassinato da vítima, motivada por ciúmes do marido. Paula Thomaz, vale dizer, nega que tenha estado na cena do crime, ocorrido em dezembro de 1992, e pelo qual foi condenada a 18 anos e seis meses de prisão. Já Gloria Perez, endossada por diversos atores da Globo que dão entrevistas na série “Pacto Brutal”, refuta a ideia de que a sua filha teria tido qualquer relacionamento com o seu colega de elenco, também condenado pelo crime.

O livro tem 269 páginas e Guilherme tece comentários ácidos sobre os bastidores da Globo, que chamou de “covil dos deuses” -procurada, a emissora não comentou os ataques do ator até o momento da publicação. De Pádua ainda lança farpas sobre vários de seus colegas e comenta o sistema carcerário fluminense com clima de denúncia, convocando o leitor a ser um “jurado anônimo” do seu relato.

Os eventos todos são narrados em terceira pessoa e ele recria diálogos extensos, “com o propósito de tornar a narrativa mais atraente do ponto de vista literário”, e pedindo desculpas de antemão se alguns dos fatos são romanceados, “pois a memória foi o único recurso usado para escrevê-los”.

O jornal conta ainda que os primeiros capítulos de “A História que o Brasil Desconhece” são voltados a defender a ideia de que Daniella Perez e Guilherme de Pádua tinham entre si uma cumplicidade durante as gravações da novela, em grande parte decorrente do desdém mútuo que nutriam por um certo diretor sádico, ali chamado apenas de Igor, e pela ideia de que ambos “acreditavam no amor verdadeiro”, ao contrário dos colegas de elenco, pintados como devassos hipócritas.

O livro detalha o crime em si só no 16º e último capítulo. Segundo a sua versão, que não foi aceita pela Justiça ao condenar ambos os réus por homicídio qualificado, De Pádua teria dito à mulher que ele e Daniella Perez haviam marcado uma conversa num lugar afastado dos holofotes e que ele teria concordado que Paula Thomaz os seguisse em segredo, num carro de trás, após uma noite de gravação.

Eis que sua então mulher teria interrompido a conversa de ambos, e, no afã de apartar a briga entre as duas mulheres, o autor do livro teria sem querer golpeado Daniella Perez e a feito desmaiar. Quem desferiu as estocadas, diz ele, foi Thomaz, num ato de desespero, julgando que ela já estava morta.

“Guilherme terminou de escrever seu livro sentindo-se ainda confuso, pensando que talvez ele devesse ter morrido e não Daniella”, é como ele opta por encerrar a obra. “Passaria o resto de sua vida buscando o porquê de ela ter partido e de ele ter ficado no imenso precipício que é a vida.”

Fonte: Folha de S. Paulo

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