No regime democrático os governantes são escolhidos pela população. Qualquer eleitor com situação eleitoral regular pode votar e ser votado. No Brasil é assim, de vereador a presidente, o povo vai as urnas e vota em quem quer que seja seu representante.
Os eleitos devem encher o peito de orgulho porque a escolha não é fácil. Toda eleição é pior do que vestibular e até mesmo que concurso público. São poucas vagas para muitos candidatos.
Como exemplo vou citar Palmeira dos Índios: nas últimas eleições para prefeito tivemos em média quatro candidatos, mas, apenas um chegou ao pódio. Uma só pessoa vai representar 80 mil habitantes. Quem não queria essa honraria? Ser o prefeito de todos os palmeirenses.
Em todo lugar existe situação e oposição, e aqui não é diferente! Geralmente o candidato derrotado, aquele que concorreu em "condições de igualdade" com o vitorioso, passa a ser a oposição natural e, na maioria das vezes, espera ansioso o término do mandato para disputar de novo.
Mosabelle Ribeiro perdeu a eleição para Júlio e agora sonha em derrotá-lo, principalmente porque ele não pode concorrer. O sonho é legítimo e compreensivo. Júlio não podendo concorrer, com certeza terá uma candidatura com musculatura suficiente para tentar manter seu reinado.
A oposição pensa que, por não ter sido ainda divulgado o nome do candidato da situação, leva vantagem e suas chances aumentam. Pode ser que sim ou que não.
Já o prefeito Júlio Cézar, que está fazendo uma excelente administração e teve um aprendizado em política com os mestres Ronaldo Lessa, Teothônio Vilela e os Renans, age diferente. Deve pensar que o candidato da situação, lançado antes do tempo, encarece e desgasta demais. Que ainda não é hora de divulgar, mas, com certeza já tem um nome em mente.
Portanto, é verdade que a oposição, hoje, leva vantagem e é natural que apareça bem nas pesquisas. Contudo, o lançamento do candidato da situação na hora certa vai equilibrar o quadro eleitoral e talvez até virar o jogo. Isto tudo numa eleição polarizada, mas, caso apareça um candidato competitivo com simpatia e popularidade, esta polarização pode não funcionar, em Palmeira isto já aconteceu.
É possível até que, o candidato de Júlio não seja nenhum dos que já se lançaram e disputam por seu apoio. A carta na manga ainda não foi apresentada. Mas, como dizem por aí: "ninguém pode com a caneta do poder, rio cheio, água ladeira abaixo e fogo ladeira acima.
Ainda é cedo e em política tudo pode acontecer. Melhor esperar o ano novo!
Francisco de França- advogado
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