Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024

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Polícia divulga identidades das vítimas atribuídas a assassino em série de Maceió

Por Elisângela Costa em 19/11/2024 09:57:07

Algumas das vítimas do assassino em série

Algumas das vítimas do assassino em série

O trabalho investigativo da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), atendendo a solicitação da Delegacia Geral, e as perícias criminais realizadas pelo Instituto de Criminalística de Maceió conseguiram desvendar uma série de assassinatos ligados a um único criminoso.

O homem, que residia a cerca de 800 metros dos locais dos crimes, é agora considerado o maior serial killer da história do estado, com um total de 10 vítimas confirmadas até o momento: sete mulheres e três homens, entre 13 e 25 anos.

Os crimes aconteceram todos entre Outubro de 2023 e Agosto de 2024. Conheça que foram suas vítimas:

Mikaele Leite da Silva, 21 anos. Foi morta em 29/10/2023, com disparos de arma de fogo na cabeça e costas, no bairro Vergel do Lago;

Mikaelly Silva

Mikaelly Silva

Louise Gbyson Vieira de Melo, 18 anos. A vítima, que era uma mulher trans, foi morta em 11/12/2023, com disparos de arma de fogo na cabeça, no bairro Vergel do Lago;

Beatriz Henrique da Silva, 25 anos. Foi morta em 15/12/2023, com disparos de arma de fogo na cabeça, costas e perna;

Beatriz Henrique da Silva era conhecida como Rylary Beatriz

Beatriz Henrique da Silva era conhecida como Rylary Beatriz

Débora Vitória Silva dos Santos, de 21 anos, e seu namorado, John Lennon Santos Ferreira, de 20 anos, foram mortos no dia 18/12/2023, com disparos de arma de fogo. Ela foi atingida no tórax e ele foi atingido na cabeça e costas, no bairro Vergel do Lago;

John Leno e Débora Vitória foram mortos no meio da rua a caminho da igreja

John Leno e Débora Vitória foram mortos no meio da rua a caminho da igreja

Joseildo Siqueira Silva Filho, de 24 anos. Foi morto em 08/01/2024, com disparos de arma de fogo na cabeça e pescoço, no bairro Ponta Grossa;

Tamara Vanessa da Silva Santos, de 21 anos, foi morta em 08/06/2024, com disparos de arma de fogo na cabeça; no bairro Vergel do Lago;

Emerson Wagner da Silva, de 17 anos, foi morto em 21/06/2024, com disparos de arma de fogo na cabeça e costas, no bairro Ponta Grossa;

Emerson Wagner da Silva

Emerson Wagner da Silva

Ana Clara Santos Lima, de 13 anos, foi morta em 03/08/2024, com disparos de arma de fogo na nuca, no bairro Vergel do Lago.

Anna Beatriz Santos Tavares, de 13 anos, foi morta em 26/08/2024, com disparos de arma de fogo na cabeça, no bairro Levada.

Anna Beatriz

Anna Beatriz

Foi após a morte de sua última vítima que a polícia chegou ao rastro do assassino. Imagens capturadas por câmeras de segurança e divulgadas na imprensa local, ajudaram a identificar Albino Santos de Lima, de 42 anos, que acabou preso após mandado de prisão expedido pela Justiça, durante a operação, no dia 17 de setembro deste ano, quando foram apreendidas uma pistola calibre 380 e um celular, peças que se revelaram cruciais para desvendar os casos.

Albino Santos de Lima, de 42 anos

Albino Santos de Lima, de 42 anos

O delegado Gilson Rego explicou que, com a prisão desse homem, as equipes da DHPP conseguiram fazer as conexões com outros assassinatos ocorridos na mesma região e com características semelhantes, como o calibre das munições da arma usada nos homicídios. O modus operandi do assassino revelava um padrão de comportamento nos crimes, sempre cometidos em um raio tão restrito ao redor da casa dele.

“Como nessas imagens, ele sempre agia do mesmo jeito, a maiorias das vezes à noite, usando roupas pretas e boné para esconder o rosto. Ele é um predador, um assassino em série, muito frio e calculista”, afirmou o delegado.

Para montar esse grande quebra-cabeça, a DHPP enviou a arma e o celular apreendidos para o Instituto de Criminalística de Maceió, para uma série de perícias. Foi através dos exames de balística, realizados pela perita criminal Suely Mauricio, e um minucioso trabalho de cruzamento de informações, que as equipes conseguiram confirmar a ligação entre a arma apreendida e os 10 casos de homicídio.

“Foi um trabalho de equipe, desde a coleta dos projéteis e estojos nos locais de crime periciados, a remoção de projéteis nos corpos das vítimas, no IML, e a apreensão da arma para produção dos padrões, que permitiram a realização dos exames de microcomparação balística, possibilitando identificar, caso a caso, que aquela arma apreendida foi a mesma utilizada nos crimes”, explicou Suely Mauricio.


*Com Ascom Polc/AL e PC/AL


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