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Presidenciáveis centram críticas a Bolsonaro e exploram corrupção do PT no debate na TV

Por Elisângela Costa em 29/08/2022 09:58:33

Presidenciáveis - Foto: Reprodução

Presidenciáveis - Foto: Reprodução

No domingo, (28), foi promovido pelo Grupo Bandeirantes, pela TV Cultura, pelo jornal Folha de S. Paulo e pelo portal UOL, o primeiro debate entre os candidatos à presidência da República na TV, que foi marcado por uma série de troca de farpas entre os concorrentes. 

Já na primeira pergunta , o presidente Jair Bolsonaro (PL), escolheu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para falar sobre corrupção, citando escândalo na Petrobras. “Um governo feito a base de roubo. Essa roubalheira era para conseguir apoio dentro do parlamento. Assim sendo, nada justifica essa resposta mentirosa. O governo mais corrupto da história do Brasil”, disse o atual presidente, que se referia ao petista como “ex-presidiário” em mais de uma ocasião no debate.

Lula em sua resposta, não mencionou o caso envolvendo a Petrobras e acusou Bolsonaro de falar números mentirosos e propagar fake news. “Não teve nenhum presidente que fez mais investigação para que apurasse o que nós fizemos. Meu governo é marcado pela maior política de inclusão social, maior aumento de salário mínimo. O nosso governo, além disso, foi o que mais fez investimentos na educação. O meu governo deveria ser conhecido por isso”, rebateu o ex-presidente.

A senadora Simone Tebet (MDB), ao falar sobre tentativas de comprar superfaturadas nas vacinas Covaxin no governo Bolsonaro, relembrou que a corrupção é um caso antigo no Brasil, inclusive de governos petistas. “Corrupção mata, tira dinheiro para gerar emprego e renda para população”, afirmou.

Já Soraya Thronicke (União Brasil), fez referência ao PT ao afirmar que, entre os concorrentes que já foram presidentes, “está difícil alguém ter moral de falar que não existe corrupção”.. 

Apesar de que a expectativa fosse para confrontos diretos entre Lula e Bolsonaro, os embates mais intensos aconteceram justamente entre Simone e Soraya e o entre o atual chefe do Executivo. 

Em sua primeira fala, Tebet acusou Bolsonaro de contribuir para a desarmonia entre os Poderes, ao não cumprir o seu papel, como chefe do Executivo, e a Constituição. “Temos um presidente que ameaça os valores democráticos, não respeita a imprensa livre, não respeita o Supremo Tribunal Federal. Precisamos trocar o presidente da República”, declarou a senadora. Em outro momento, afirmou: “No momento que o Brasil mais precisou do presidente, ele virou as costas para a dor das família e negou vacina no braço das famílias. Não vi o presidente pegar a moto dele, entrar em um hospital e dar abraço em uma mãe que perdeu um filho”, exaltou. 

Soraya Thronicke também usou parte do seu tempo para responder Bolsonaro, depois de o presidente reclamar de uma pergunta da jornalista Vera Magalhães, afirmando que a repórter é “uma vergonha para o jornalismo brasileiro”, o que causou reações dos presentes. “Quando homens são tchuchucas com outros homens, mas vem pra cima da gente sendo tigrão fico bem incomodada. No meu Estado, tem mulher que vira onça e sou uma delas. Não aceito esse tipo de comportamento, de disseminar ódio e nos separar”, rebateu.

Em sua participação Felipe D’Ávila (Novo), mencionou as posturas do governo a respeito do meio ambiente e disse que o Brasil “jamais vai ser respeitado se continuar com o descaso” ambiental, visto nos últimos anos.

Ciro Gomes (PDT), por sua vez, falou em “aberração” ao avaliar os comentários recentes de Bolsonaro, que afirmou que não vê pessoas passando fome no Brasil, e disse que no Brasil “tudo está fora do lugar”. “Me choca ver o presidente dizer que a economia está bombando. Entre desalentados, são 5 milhões de pessoas que desistiram de procurar empregos, desempregados mais 10 milhões”, disse.

Fonte: Jornal de Alagoas

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