Nesta quarta-feira (13), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou entender que a Braskem está agindo corretamente em relação à emergência das minas em Maceió. Ele ainda criticou a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que foi instalada para investigar a responsabilidade da empresa no afundamento do solo.
O executivo reconheceu que a questão é "realmente muito séria" e disse que a estatal, que é sócia da petroquímica, é parte da solução. Mas avaliou que a Braskem "tem atuado muito corretamente".
"A empresa promoveu várias indenizações já. Segundo ela, mais de 90% das indenizações foram atendidas", disse. E completou: "É um caso complicado, envolve muitas famílias."
Prates afirmou ainda que a questão não deveria ser alvo de CPI, mas que a Petrobras irá responder perguntas dos senadores. "Vai ser uma situação de, digamos, menos de investigação e mais de conhecimento público da questão. E talvez, espero, muito de conciliação agora", contou.
No último domingo (10), a mina 18, no Mutange, desabou e provocou um afundamento de solo em trecho da lagoa Mundaú, onde estão as operações da empresa. Autoridades e técnicos avaliam a extensão dos danos e a possibilidade de um desabamento total.
O presidente da Petrobras questionou comparações do caso com a tragédia de Brumadinho (MG), em janeiro de 2019, quando o rompimento de uma barragem da Vale matou 272 pessoas. "Um caso completamente diferente", disse.
"É uma área que foi monitorada, as pessoas foram retiradas lá. Claro que isso é um trauma para a população, mas evidentemente tem solução. E não estamos falando de ameaça de vidas diretamente", argumentou sobre o caso da Braskem.
Fonte: Folha de SP
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