Candidatos ao governo em Alagoas - Foto: Reprodução
Foi o primeiro “confronto” entre os candidatos ao governo de Alagoas. E serviu apenas para aquecer a disputa que promete ser acirrada. O debate organizado pelo Portal 7 Segundos com transmissão pela Internet, TV Farol e uma rede de rádios foi realizado na noite de terça-feira (30/08).
Foram cinco longas horas de duração num encontro marcado por pequenas falhas técnicas, o soar inusitado de um alarma sonoro e principalmente pelo embate entre os senadores Fernando Collor (PTB) e Rodrigo Cunha (União Brasil) que disputam uma vaga no segundo turno, pelo equilíbrio do governador Paulo Dantas (MDB), a experiência de Rui Palmeira (PSD) e pelo bom desempenho do professor Cícero Albuquerque (PSOL) e da boa apresentação de Luciano Almeida (PRTB).
O Portal 7 Segundos conseguiu superar, com envolvimento da sua equipe de profissionais – uma turma competente – todas as dificuldades e deu a Alagoas e seus eleitores a oportunidade de conhecer melhor os candidatos e suas propostas.
A repercussão foi imediata. Nas redes sociais cada candidato botou os melhores trechos de suas falas – principalmente do embate entre os senadores Collor e Rodrigo Cunha.
Quem viu o debate tem diferentes avaliações. Se você não viu, dá para ver ou rever. É só acessar o link do debate aqui.
Cada um tem sim suas diferentes avaliações. E eu a minha. No geral, mais perdas do que ganhos. Ponto para Cícero que mesmo fora dos “embates” diretos conseguiram apresentar propostas e responder com objetividade as perguntas. Luciano Almeida surpreendeu pelo conhecimento geral e capacidade de expressão de seus pensamentos.
Rui, mesmo tendo sido “escanteado” nas perguntas pelos outros candidatos conseguiu vender seu peixe. Lembrou da passagem pela prefeitura de Maceió, da entrega de mais de 10 mil casas populares e ações na saúde, além de propor o Auxílio Alagoas.
Paulo Dantas manteve todo o tempo uma postura equilibrada, defendendo o legado do governo de Renan Filho e assumindo compromissos para a próxima gestão. O governador focou suas propostas no social, manutenção de obras e na ampliação do Cartão Cria de 120 mil para 180 mil famílias.
Collor lembrou ações importantes de sua passagem pela presidência da república, ações suas em favor do Estado e apresentou propostas como a isenção de taxas para taxistas, proprietários de vans ou de quem tira do veículo o sustento da família.
Rodrigo Cunha focou sua participação na defesa das ações do seu mandato, especialmente na destinação de emendas para diversos municípios e gastou boa parte do tempo falando de Arapiraca e Maceió. O senador prometeu como uma de suas principais ações um programa de renegociação de dívidas para “limpar o nome” dos endividados.
Morda os beiços
Indiscutível a repercussão do embate entre Collor e Rodrigo. Quem viu o “confronto” – especialmente quem estava lá na “arena” imaginou que os dois iriam “as vias de fato”. Cunha ficou visivelmente nervoso ao ser questionado por ter indicado para cargo na prefeitura de Maceió sua namorada e por ter “mentido” sobre a iniciativa da construção do Hospital de Amor, em Arapiraca.
Ao final, o senador do União Brasil tentou reagir, mas sua participação ficou marcada pelo embate.
Quem ganhou, quem perdeu?
Na minha avaliação, Cícero e Rui foram os melhores – mas não devem converter em votos seus desempenhos. Luciano Almeida foi bem, um passo inicial para começar a ser “notado”.
Paulo Dantas, estreante em debates, saiu quase ileso, ainda conseguiu chamar Rodrigo Cunha de “traidor”, mas manteve o tempo todo o mesmo tom de equilíbrio. O governador ganhou, especialmente, musculatura para os próximos debates.
Collor foi hábil ao desequilibrar Cunha, ganhou forte repercussão, o que lhe ajuda a consolidar seu nome especialmente entre os bolsonaristas. O senador do PTB saiu ganhando especialmente pela forte exposição e por ter jogado nas “cordas” um dos seus principais oponentes por uma vaga no segundo turno.
E Rodrigo Cunha, também estreante em debates do tipo, poderia ter se preparado melhor. Ao fim e ao cabo ele mostrou boa capacidade de reação, numa tentativa de conter os danos provocados pelo “embate” com Collor. Acertou ao apostar no apelo para o bairrismo do eleitor de Arapiraca, mas vai precisar se preparar melhor, muito melhor, para os próximos debates.
Fonte: Blog do Edivaldo Junior
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