Renan Calheiros (MDB) voltou ao cenário político, em uma entrevista em que não mediu palavras nem eximiu-se dos temas que são atualmente debatidos no país. Ao jornal O Globo, Calheiros falou, dentre outros assuntos, sobre a possibilidade de aliar-se a Arthur Lira nas eleições para o senado em 2026.
Segundo ele, Lira ainda terá que ‘comer muito sal’ para chegar ao senado, e que esta aliança com o presidente da Câmara “não está na ordem do dia” para 2026. Em tom de conselho, Calheiros disse ainda que Lira deve passar pelo período de pós-presidência, onde não terá mais o mesmo poder de antes.
“O Arthur vai precisar comer muito sal para virar senador por Alagoas. Essa possibilidade de acordo não está na ordem do dia. Eu queria lembrá-lo que eu já deixei por duas vezes a presidência de um poder e sei como a banda toca. Daqui a uns três meses ele vai ver que a mesma piada que costumeiramente conta, não será tão engraçada quanto antes. Ele vai ver que tem muito mais adversários do que os adversários do seu estado. Quando chegar nesse ponto, ele estará preparado para olhar as coisas sob outra perspectiva”, disse.
O senador disse ainda que não será Ricardo Nunes, prefeito reeleito de São Paulo, que irá definir os caminhos do partido para as próximas eleições - Nunes afirmou há algumas semanas que não tem certeza se o MDB estará com Lula em 2026.
“O partido não tem senhorio, não tem dono, mesmo que seja o prefeito de São Paulo. Nunes precisa entender que ele se tornou uma estrela do partido, está na vitrine, mas ao mesmo tempo está no precipício, porque é um lugar extremamente difícil de se estar. O partido costuma tomar suas decisões em convenção, democraticamente. Inevitavelmente, em 2026, a posição do MDB será decidida no voto, como sempre foi”, afirmou.
*O Globo
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