Antes de morrer, Nahim fez uma lista de pedidos para a sua família e amigos sobre como desejava ser sepultado. Em um vídeo publicado nesta quarta-feira (26) no Instagram do cantor, morto aos 71 anos no dia 13 deste mês, ele aparece conversando com pessoas próximas, fazendo exigências, em tom de brincadeira, que iam desde a vestimenta ao horário do enterro e especificações sobre a decoração do local.
No vídeo não se identificam as pessoas com que o artista conversava. Na gravação, aparecia apenas ele (sem os característicos e quase inseparáveis óculos escuros). Ele “autorizava” que os presentes levassem os seus animais de estimações e pedia que os seus cachorros estivessem no local também.
— O sepultamento do Nahim, que sou eu, Nahim Jorge Elias Júnior. Flores não entram. Você pode trazer seu cachorro, seu gato, seu pet. O caixão deve ficar no chão. Sem flores, flor não entra — diz ele, brincando e fazendo mais indicações sobre o horário da cerimônia de despedida que ocorreu no dia seguinte à morte dele, em 14 de junho. — É o seguinte: começa em São Paulo com todos os meus cachorrinhos e aí vem para Miguelópolis, onde serei sepultado ao lado da minha mãe, meu pai, meus avós. E a festa no cemitério, só podem me enterrar depois das 22h, que é a hora do silêncio. Às 22h, acabou, aí vocês me põem lá.
Nahim ainda pediu que fossem colocadas caixas de som em cima do caixão, para que “o rock continuasse lá embaixo”:
— Eu gostaria que alguém dispusesse algumas caixinhas de som no caixão para que, mesmo sepultado, o rock continuasse lá embaixo. Quero um caixão americano, e não brasileiro. Bonitão, com som. Quero ninguém chorando, pelo amor de Deus, primeiro porque estou indo para um lugar bom. Se eu estiver indo de óculos escuros, já está bom.
No vídeo, ele ainda faz algumas indicações sobre as vestimentas que queria usar. De acordo com ele, devia estar vestido com uma bermuda branca e a camisa do seu time do coração, o Corinthians, além dos pés descalços.
— Outra coisa: bermuda e pé descalço. Bermuda branca e camisa azul. Ah, a camisa do Corinthians, é lógico. A camisa do Corinthians é essencial, do meu poderoso timão. E eu gostaria, se possível, que aquela Praça Vinicius de Moraes virasse Praça do Nahim. Vai conseguir transformar a praça que eu cuido com todos os meus cachorros em Praça do Nahim.
O velório aconteceu no dia seguinte à morte do artista, que conquistou o público por meio dos programas de auditório dos anos 1980. Ambas as cerimônias foram abertas ao público.
Fonte: OGlobo
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