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Suzane, Maníaco do Parque, casal Nardoni... Veja se assassinos famosos estão presos ou soltos

Por Elisângela Costa em 25/08/2023 13:02:16

A saída da prisão na terça-feira (22) do ex-advogado Mizael Bispo, condenado por ter matado a ex-namorada Mércia Nakashima em 2010, levantou dúvidas sobre quais autores de assassinatos de repercussão ainda estão atrás da grades. O R7 explica a situação dos autores dos homicídios que mais causaram comoção desde os anos 1990. Veja abaixo:

Mizael Bispo de Souza foi o último dos assassinos "famosos" libertados. O ex-PM e ex-advogado obteve migração para o regime aberto e deixou o presídio em Tremembé após 11 anos preso por ter matado a ex-namorada Mércia Nakashima, em 2010. O corpo da vítima, então com 28 anos, foi achado dentro do carro dela em uma represa em Nazaré Paulista (SP). Mizael se entregou apenas em 2012 e, um ano depois, foi condenado a uma pena de 20 anos. Segundo a perícia, Mércia levou um tiro no maxilar, mas o motivo da morte foi afogamento. Algas encontradas na represa foram achadas em um sapato de Mizael, o que contribuiu para sua condenação. Ele teria cometido o crime por ciúme e por não aceitar o fim do relacionamento.

Suzane von Richthofen, presa desde 2002 por ter matado os pais, deixou o presídio de Tremembé em janeiro deste ano, após conseguir progressão para o regime aberto. Ela foi detida algumas semanas depois da morte dos pais, Manfred Albert von Richthofen e Marísia von Richthofen, ocorrida em 31 de outubro de 2002. Eles foram mortos a pauladas enquanto dormiam pelos irmãos Cravinhos, a mando de Suzane. A filha das vítimas foi condenada inicialmente a 39 anos de prisão, mas conseguiu diminuir a pena em cerca de cinco anos ao trabalhar na prisão com corte e costura, além de artesanato. Ela estava no regime semiaberto desde outubro de 2015, quando passou a ter direito a saídas temporárias. Suzane já havia sido autorizada também pela Justiça a cursar biomedicina em uma universidade em Taubaté, cidade perto de Tremembé. Em liberdade, Richthofen abriu um ateliê online.

Assassino da adolescente Eloá Pimentel, Lindemberg Alves está preso desde 2008, quando atirou na ex-namorada durante um sequestro em Santo André, na Grande São Paulo. Ele continua na penitenciária de Tremembé, conhecida por receber presos envolvidos em crimes de repercussão. No ano passado, ele migrou para o regime semiaberto e ganhou o direito de estudar e trabalhar fora da prisão, além de poder sair cinco vezes por ano por até sete dias — as famosas "saidinhas".

Elize Matsunaga, condenada por ter matado o marido, o empresário Marcos Mastunaga, em 2012, também passou anos em Tremembé, até receber a liberdade condicional, em maio de 2022. Ela matou o marido durante uma discussão, cortou o corpo do companheiro e tentou sumir com o cadáver. Ao ser libertada, ela afirmou que agradecia a todos que a apoiaram na prisão e que estava ciente de suas obrigações. "Sem voltar para aquele lugar. Sem cometer mais nenhum delito", disse. "A gente pode alimentar a fé, mesmo na escuridão", concluiu ela em vídeo divulgado nas redes sociais por seu advogado, Luciano Santoro. Em liberdade, Elize já tentou ser motorista de app e abriu um ateliê de costura, no interior de São Paulo.

O Ministério Público de São Paulo chegou a pedir o retorno de Elize Matsunaga à prisão por suposto uso de documento falso. Ela foi indiciada no começo de 2023 pela utilização de um atestado de antecedentes criminais falso para ser admitida em uma empresa que realiza pinturas em condomínios de Sorocaba (SP). Elize disse que não foi responsável e não sabia da falsificação. Além disso, ela apareceu em imagens do próprio celular, apreendido pela polícia, em um bar de praia em São Vicente (SP), o que representou uma possível violação às regras da liberdade condicional. A Justiça, no entanto, decidiu manter Elize solta.

O goleiro Bruno Fernandes foi condenado a 23 anos e 1 mês pela participação no homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Eliza Samúdio, com quem manteve um relacionamento e teve um filho. O crime ocorreu em 2010, quando Bruno era goleiro titular do Flamengo. Bruno cumpria pena em regime semiaberto domiciliar desde 2019. Em janeiro de 2023, ganhou liberdade condicional. Segundo a Justiça, o apenado "desempenhou atividades laborativas após a concessão da progressão de regime" e seguiu as condições da prisão domiciliar, podendo então obter a liberdade condicional. Atualmente, possui uma loja de açaí na região dos Lagos, no Rio de Janeiro.

Anna Carolina Jatobá, condenada por ter matado, em 2008, a menina Isabella Nardoni, deixou a prisão em junho ao obter a progressão da pena para o regime aberto. Ela foi considerada culpada por homicídio triplamente qualificado juntamente com o pai da garota, Alexandre Nardoni, por ter matado a menina e jogado seu corpo da janela do apartamento onde moravam, na zona norte de São Paulo. A madrasta de Isabella foi condenada inicialmente a 26 anos de prisão e cumpria pena na penitenciária Santa Maria Eufrásia Pelletier, em Tremembé, no interior de São Paulo. Ela remiu parte da pena por ter trabalhado na prisão como costureira.

Já Alexandre Nardoni continua preso em Tremembé. Condenado a 30 anos e 2 meses de prisão pela morte da filha, ele está detido desde 2008, ano do crime. Em 2019, no entanto, migrou para o regime semiaberto e tem direito a cinco saídas temporárias de sete dias cada uma por ano.

Champinha foi apontado como o responsável por ter torturado e matado o casal Liana Friedenbach, de 16 anos, e Felipe Caffé, de 19, em Embu-Guaçu, na região metropolitana de São Paulo, em 2003, quando tinha 16 anos. Desde então, ele não teve mais liberdade. No entanto, não está em um presídio. Ficou alguns anos da Fundação Casa até obter a maioridade e acabou  internado na UES (Unidade Experimental de Saúde) do Pari, na região central de São Paulo, órgão administrado pela Secretaria Estadual da Saúde. A Justiça acatou pedido do Ministério Público para a interdição civil de Champinha. O entendimento foi que ele sofre de doença mental grave que põe outras pessoas em risco.

O caso do Maníaco do Parque foi um dos que mais ganharam notoriedade nos anos 1990. Francisco de Assis Pereira matou ao menos sete mulheres e estuprou outras nove em 1998 e foi condenado a mais de 280 anos de prisão. Ele atacava suas vítimas no parque do Estado, na zona sul da capital. Atualmente com 55 anos, Francisco cumpre pena na penitenciária de Iaras, no interior de São Paulo, onde ocupa o tempo principalmente com religião e crochê.

Cinco pessoas foram condenadas neste ano por terem matado e carbonizado uma família no ABC paulista em 2020. Entre elas estão Anaflávia Gonçalves, filha do casal assassinado — Romuyuki e Flaviana. A jovem recebeu uma pena de 61 anos. A  namorada dela na época do crime, Carina Abreu, pegou prisão de 74 anos. Elas estão presas em Tremembé.


Fonte: R7

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