Trabalhadores da Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) paralisam as atividades, a partir de hoje (19). A categoria não aceitou a proposta da empresa para o Acordo Coletivo de Trabalho deste ano. A decisão de manter a greve foi confirmada ontem, mesmo após reunião entre Sindicato dos Urbanitários, Casal e governo do Estado.
A concentração dos trabalhadores acontece no prédio sede da Casal, no Centro de Maceió, a partir das 7 horas da manhã. O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas convocou uma assembleia, a partir das 9 horas da manhã. Na assembleia, o Sindicato informará sobre o andamento das negociações.
O Sindicato dos Urbanitários informou que os trabalhadores da Casal foram surpreendidos com o adiamento de uma reunião de negociação, marcada pela empresa para o último dia 15. A reunião foi remarcada e aconteceu na tarde de ontem.
A Casal está oferecendo 2% a partir do próximo dia primeiro de outubro e 2,18 % a partir do dia primeiro de março do próximo ano.
Segundo o Sindicato dos Urbanitários, a categoria rejeitou a proposta, duramente criticada aliás pelos trabalhadores por, conforme o Sindicato não atender minimamente à expectativa dos funcionários da Casal.
A presidente do Sindicato dos Urbanitários, Dafne Orion, afirmou que a categoria “não aceita mais essa postura desrespeitosa da Casal e irá ocupar a sede da empresa nesta terça-feira, mostrando que não pode ser tratada com esse descaso’’.
Dafne Orion explicou que mesmo após cinco meses de espera, a categoria tem demonstrado que aposta no diálogo, na certeza de que o governador Paulo Dantas terá a sensibilidade necessária para resolver essa situação.
]Na tarde de ontem, reuniram-se a direção da Casal, cujo diretor-presidente é Luiz Cavalcante Peixoto Neto, a direção do Sindicato dos Urbanitários e o secretário de Estado de Governo, Vitor Pereira. A reunião se estendeu até a noite.
Casal alega que índices representam o IPCA
Em nota, a Casal esclareceu que a Companhia e o governo do Estado reforçam o compromisso em zelar pelos trabalhadores da empresa e manter as conquistas atuais de trabalho, por isso, nenhum direito será retirado. “Nesse sentido, o reajuste salarial proposto, de 4,18%, correspondente à variação do IPCA entre maio de 2022 e maio de 2023, reflete as atuais condições financeiras a serem suportadas da empresa”.
Sobre o plano de saúde, a diretoria da Casal, esclarece que está em negociação com a FIPECq (Fundação de Previdência Complementar dos Empregados ou Servidores da Finep, do Ipea, do CNPq, do Inpe e do Inpa) para viabilizar a contratação de um plano com benefícios superiores aos oferecidos atualmente.
Em relação ao reajuste concedido aos servidores do Estado, a Casal esclarece que não pode aplicar as mesmas regras da administração direta, uma vez que a Casal tem gestão e arrecadação próprias, com uma realidade à parte das contas do Governo. “Por fim, destacamos que, em nenhum momento, a direção da Companhia deliberou sobre a redução de quaisquer direitos previamente conquistados pelos trabalhadores no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT)”, finalizou a Casal.
Fonte: Tribuna Independente
Gostaríamos de utilizar cookies para lhe assegurar uma melhor experiência. Você nos permite? Política de Privacidade