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Uma a cada 10 pessoas terá diabetes em 2050, aponta estudo global

Por Elisângela Costa em 23/06/2023 13:35:33

O número de pessoas diagnosticadas com diabetes mais do que dobrará nos próximos 30 anos no mundo, de acordo com pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington. Estima-se que 1,3 bilhão de pessoas terão a doença até 2050.

A explosão de casos de diabetes está sendo impulsionada pelo aumento da obesidade e pelo envelhecimento da população, segundo mostra pesquisa publicada na quinta-feira (22), na revista The Lancet.

O estudo foi feito a partir de dados de 204 países e territórios coletados entre 1990 e 2021. A análise do comportamento epidemiológico da doença permitiu projetar o cenário para as próximas décadas.

De acordo com o levantamento, o crescimento global do diabetes será de 9,8%. Estima-se que o Norte da África e o Oriente Médio serão os locais mais afetados, com as taxas de prevalência chegando a 16,8%. Os casos devem aumentar 11,3% na América Latina e no Caribe.

Atualmente, existem 529 milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo. Mais de 96% dos casos acumulados até 2050 serão de diabetes tipo 2, cuja causa está diretamente relacionada a sobrepeso, obesidade, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados.

Situação alarmante

Os autores do estudo financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates classificam a estimativa como “alarmante”, reforçando problemas sérios de sáude que usualmente são desenvolvidos após o diagnóstico.

“A rápida taxa de crescimento do diabetes não é apenas alarmante, mas também desafiadora para todos os sistemas de saúde do mundo, especialmente considerando como a doença também aumenta o risco de doença cardíaca isquêmica e derrame”, disse a principal autora do artigo, Liane Ong.

A diabetes descontrolada está relacionado a complicações como doença renal, problemas arteriais, doenças cardíacas e derrames, problemas nos olhos – glaucoma, catarata, retinopatia –, sensibilidade da pele, alterações do humor, ansiedade, depressão e disfunções sexuais.


Fonte: Metrópoles

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