O assassinato de Eduarda Samara da Silva, de 34 anos, e o atentado contra o marido dela, Vitor Hugo Santos Costa, de 30 anos, ainda estão cercados de mistérios. Menos de 24 horas depois do crime, a Polícia Civil de Alagoas já tem linhas de investigação que podem explicar a motivação: a possibilidade de o casal ser apontado pela facção Comando Vermelho como informante da Polícia Militar, mas também o fato de os dois terem passagem por tráfico de drogas, segundo a delegada Tacyane Ribeiro.
O homicídio e a tentativa aconteceram dentro da residência do casal na frente da filha dos dois, uma criança de apenas quatro anos de idade, que não se feriu e agora está sob a guarda provisória de uma avó. O crime ocorreu no conjunto Novo Jardim, que fica no bairro Cidade Universitária, na madrugada desta quarta-feira (17).
As apurações feitas até a noite desta quarta-feira pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da capital (DHPP) já conseguiram obter as seguintes informações:
Eduarda Samara da Silva foi atingida com disparos de arma de fogo. Foram ouvidos pela vizinhança ao menos 10 tiros.
Uma criança de quatro anos presenciou o crime, mas não foi atingida pelos disparos.
O marido de Eduarda, Vitor Hugo dos Santos, também foi baleado. Ele saiu da residência para pedir ajuda e foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde está em estado gravíssimo, segundo a delegada Tacyane Ribeiro.
A criança está com uma avó em guarda provisória e o Conselho Tutelar informou que fará os encaminhamentos necessários para que ela tenha suporte assistencial.
Momentos antes do crime, ainda na madrugada, o casal travou uma intensa discussão, mas a polícia ainda não divulgou o motivo da briga entre o homem e a mulher.
A Polícia Científica recolheu estojo de ponto 40. Com isso, segundo a DHPP, os disparos saíram de arma de uso restrito.
Um dia antes do crime, a mulher pediu ajuda a um sargento da Polícia Militar, relatando uma rotina problemática com o marido por causa do envolvimento dele com drogas.
No entanto, a Polícia Civil descartou a hipótese de feminicídio.
O que a polícia quer saber
Polícia quer saber se o crime ocorreu motivado pelo envolvimento com o tráfico de drogas ou porque havia a desconfiança de que eles eram informantes da Polícia Militar.
“Por conta disso, integrantes da façção queriam ceifar a vida desse casal e já estavam à procura deles, do casal, há mais ou menos três meses”, relatou à delegada.
Segundo a delegada Tacyne Ribeiro, a polícia está em busca de imagens de câmeras de segurança da rua onde o crime ocorreu para encontrar mais detalhes sobre o homicídio, incluindo a dinâmica dele.
A polícia quer saber quantos criminosos participaram da ação. Eles ainda não foram identificados.
Quer descobrir que tipo de transporte eles chegaram: se foi de carro, de moto.
“A gente quer justamente entender quantos criminosos praticaram esse crime, como chegaram, se de carro, moto. Fazendo busca, a gente conseguiu visualizar que, tanto a vítima consumada, quanto tentada, já possui passagem pela polícia pelo crime de tráfico de drogas. E há a informação de que integrantes da facção do Comando Vermelho já estavam a procura desse casal, porque esse casal seria informante da Polícia Militar. A gente não sabe ainda se isso procede ou não ou se a motivação desse homicídio seria tráfico de drogas”, afirmou a delegada à TV Gazeta.
Ela complementou que ainda serão realizadas mais diligências. “Está no início da investigação, muita coisa vai acontecer, muita diligência, muita pessoa para ouvir, muita imagem para coletar. A gente vai tentar dar uma resposta rápida o máximo possível”, disse a delegada.
Fonte: GazetaWeb
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