Quinta-Feira, 21 de Novembro de 2024

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‘Já deu o que tinha que dar’, dispara Guilherme Arantes sobre Ivete Sangalo

Por Elisângela Costa em 01/09/2022 10:08:30

O cantor Guilherme Arantes participou de uma entrevista para o canal Corredor 5, apresentado pelo produtor musical Clemente Magalhães, e contou detalhes da sua história no mundo da música. Um dos ícones da música popular brasileira, ele falou também sobre a carreira de outros artistas brasileiros, como a cantora Ivete Sangalo.

Para Arantes, os shows da cantora baiana no Festival Rock in Rio já deram o que tinha que dar. Neste ano, assim como em outros, ela é uma das atrações confirmadas. “Acho, por exemplo, que a Ivete Sangalo já deu o que tinha que dar para o Rock in Rio. Chega. São sete participações. Eu sei que é uma grande cantora e tudo. Eu reconheço, mas pô, nenhuma oportunidade para o Roupa Nova? Eu acho isso esquisito. Será que ninguém percebe que vai ser, porque eles vão acordar e vão colocar o Roupa Nova e vão arrebentar e vai dar a melhor noite de todos os tempos do Rock in Rio. Vão botar um milhão de pessoas para cantar,” ressaltou Guilherme Arantes.

O artista, que inclusive já recusou convite para o Rock in Rio, explicou que talvez o evento que tomou proporção global, não se importa mais em valorizar os artistas que fizeram história no Brasil. “A gente está mais preocupado com o Rock in Rio do que eles, porque quem está marcando mais bobeira são eles”, pontuou.

Ainda na entrevista, Guilherme Arantes citou a relação da música com a política. Para ele, “os grandes artistas internacionais não se põem a serviço de nenhum político”. 

O cantor ainda mencionou a música ‘Trem-Bala’ de Ana Vilela, que se espalhou pelo Brasil por conta da letra forte. Ao citá-la, Guilherme Antes jogou como contraponto outros ritmos que precisam de grandes investimentos para girar pelo país. “Aquele brutamonte de marketing, aquele empoderamento todo que o sertanejo propõe, que o axé propôs, acabou virando partido político, é a república de Marlboro”, salientou o artista.

Que continuou na sua reflexão: “É o chapéu de boiadeiro, é a festa de Barretos. Eu não sei quem emcampou quem. Se o bolsonarismo emcampou o sertanejo ou se o Bolsonaro não é hoje um contratado da Arte Mix, lá de Goiânia, entendeu? Você não sabe quem é que está a serviço de quem, hoje”, disse Guilherme Arantes, ao mencionar os riscos que há no sertanejo em colar no conservadorismo. 

A entrevista completa vai ao ar nesta quarta-feira (31), às 21h no canal ‘Corredor 5’, no YouTube .

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