Após uma enxurrada de críticas, inclusive do governo espanhol, o presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luis Rubiales, pediu desculpas nesta segunda-feira (21) por ter beijado a jogadora da seleção da Espanha de futebol feminino Jenni Hermoso na boca sem seu consentimento prévio.
O gesto foi feito diante das câmeras e em campo, após a Espanha vencer a Copa do Mundo de futebol feminino, em Sidney, na Austrália, no domingo (20). A rainha Letizia da Espanha e sua filha mais nova, a infanta Sofia, estavam aos seu lado no momento.
Luís Rubiales beijou meia espanhola Jenni Hermoso nos lábios após a vitória da Espanha na Copa do Mundo feminina, no domingo (20).
Na ocasião, Rubiales, que cumprimentava aos jogadoras, abraçou Hermoso e, em seguida, a beijou na boca. A jogadora disse logo depois, em uma transmissão ao vivo do vestuário, que não gostou do gesto.
“Tenho que me desculpar, não há outra saída, né?”, disse Rubiales. “E aprender com isso e entender que, como presidente de uma instituição tão importante, tenho de ter mais cuidado. Certamente me equivoquei”. Rubiales disse ainda se sentir culpado pelo fato de o episódio ter manchado a vitória de seu país.
No fim da noite, no entanto, em declaração distribuída à imprensa pela própria federação espanhola, ela disse que se tratou apenas de um “gesto carinhoso entre amigos”. No domingo, Rubiales havia menosprezado as críticas e chamou de “idiotas e estúpidos” os que não entenderam se tratar de “um selinho entre amigos”.
Neste domingo, ele também se desculpou por essa declaração. “Sei que de fora as coisas foram vistas de uma outra maneira”.
Também nesta segunda, p ministro dos Esportes da Espanha, Miquel Iceta, disse que vai analisar o caso – a Federação Espanhoal de Futebol está sob o guarda-chuva da pasta. No domingo, duas ministras, entre elas a de Igualdade, engrossaram o coro das críticas e classificaram o gesto como uma “violência sexual”.
A deputada Martina Velarde, do Podemos, também criticou publicamente o dirigente.
“Quantos Rubiales tivemos que aturar ao longo de nossas vidas, quanta conivência já aguentamos de camaradas e machões que os encorajam e os defendem. Seus modos, seus gestos, suas tolices, como são familiares… tantas situações incômodas e desagradáveis. Nojo.”
Fonte: G1
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